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Ao custo sugerido de US$ 2.786,00 e restrito inicialmente a uma edição limitada (da qual somente 1.500 unidades seriam produzidas em 1957), o Rambler Rebel exibia a carroceria hardtop sedan dos demais Rambler, porém, era oferecido somente em uma combinação de cor: um belo tom de prata escuro metálico, com apliques laterais em alumínio anodizado dourado. Porém, sua pintura em laca acrílica era bastante sensível as intempéries, sendo, por essa razão, bastante comum o fato das muitas unidades dos Rebel originais retornarem às concessionárias AMC para serem integralmente repintados. Com direção servo-assitida e freios a tambor nas quatro rodas (hidráulicos de duplo circuito) como itens de série, ele vinha ainda equipado com pneus mais largos (diagonais 6.70/15”, com faixas brancas) e uma suspensão mais reforçada que incluía a adoção de uma barra estabilizadora dianteira e amortecedores Gabriel com “carga” regulável (em três graus de “dureza”), além do sistema de escapamento duplo. Ao ser testado pela Revista Motor Trend, atingiu a marca de 7,5 segundos, acelerando da imobilidade até 100 km/h, tornando-se, com isso, o segundo carro americano mais rápido, perdendo apenas para os Chevrolet Corvette, tornando-se um forte presságio da febre dos muscle cars que dominaria os EUA durante as duas décadas seguintes, um “movimento” do qual a AMC participaria ativamente, brindando o mercado com dezenas de modelos esportivos notáveis!
Entre as muitas curiosidades dos Rebel, a mais notória foi durante o seu desenvolvimento. Cogitou-se produzi-lo equipado com o então novo sistema de injeção de combustível EFI “Electrojector”, produzida pela Bendix. Após extensivos testes durante as provas da Daytona Beach Road Course, um Rebel seria testado pela Revista Motor Trend e os 288hp da versão “injetada” impressionaram nos resultados, conseguindo andar na frente até mesmo de seu então único rival em desempenho, os Corvette.
Anunciada em dezembro de 1956, o sistema de injeção apareceria em março de 1957 nos price list e propagandas da AMC como opcional nos Rebel, ao custo adicional de US$ 395,00, mas alguns problemas na linha de produção atrasaram mais ainda sua confecção e, embora alguns modelos pré-produção tenham chegado a existir na segunda quinzena de junho, os inúmeros defeitos apresentados nos testes de controle de qualidade da fábrica, que incluíam uma séria dificuldade na partida em temperaturas baixas, fizeram com que a AMC na última hora decidisse não produzir o Rebel com o opcional, equipando-os com um carburador quádruplo Rochester, embora a lembrança da injeção de combustível no Rebel permanecesse registrada para a posteridade nos manuais de manutenção e folders da época, restando à Chevrolet colher os louros (e posteriormente também os problemas) do pioneirismo no advento da injeção de combustível na produção americana.
Graças ao furor causado em seu lançamento, o Rebel permaneceria como uma versão do Rambler em 1958, porém, agora como modelo de série “normal” da série Custom e bem mais comportado, com a adoção do V8 “menor” de 4.100cc, sendo oferecida até 1960, retornando novamente entre os anos de 1966 e 1970, já no auge da era muscle car como um de seus mais nobres representantes.
Ian Veneziano
Revista Classic Show