Leia o artigo completo na edição 75 da Revista Classic Show.
Em nossa Loja Virtual
Uma constelação luxuosa de estrelas sobre rodas passeou por nossas páginas impressas na edição 75 em uma matéria sobre a linha Gran Luxo da GM, e agora você vai poder saber um pouco mais do que esses carros representam para seus proprietários.
O primeiro deles foi o Opala Gran Luxo 1971, cor vermelho com teto preto, pertencente ao colecionador Thiago Gaviolli, de Passo Fundo/RS, que o adquiriu em julho de 2014, para integrar a sua coleção que já conta com mais 8 Opalas, além de veículos de outras linhas. O carro foi comprado de um colecionador de Vitória/ES e está com 58 mil km originais, não necessitando qualquer reparo ou restauração. Thiago lembra emocionado que: “Tenho uma foto na divisa entre RS e SC, na qual estou ao colo de minha mãe Sandra e ao lado de meu pai Ângelo, durante uma viagem a bordo de um Gran Luxo exatamente igual ao meu”. A foto marcou o colecionador que passou a procurar um exemplar igual, sonho este realizado recentemente. Thiago revela que até 1984 sua família teve somente Opalas, e a marca está gravada em seu coração.
O colecionador tem participado de diversos eventos e ainda quer adquirir um Opala SS 1974 para completar a sua coleção. Já o Opala Gran Luxo 1972 cor laranja Solar, com teto de vinil preto, produzido em outubro de 1971, representa o primeiro modelo cupê da linha Gran Luxo e pertence ao colecionador Alcione Molon, de Flores da Cunha/RS. Conforme Alcione, este faz parte de uma história interessante que envolve também outro colecionador de Flores da Cunha, Sérgio Corradi, e o outro Opala que também desfila por nossas páginas nesta edição, o modelo Gran Luxo 1974, cor vermelho Fórmula com teto de vinil branco.
Alcione era proprietário do Gran Luxo 1974 e há cerca de 3 anos, em uma conversa de final de tarde com Sérgio, surgiu a possibilidade de uma negociação, pois também admirava muito o modelo cupê 1972. Sérgio, que era então o dono do Gran Luxo cupê 1972 e também admirava o Gran Luxo 1974, gostou da ideia e na mesma hora as chaves foram trocadas! Ambos os carros estavam originais e impecáveis, estado inclusive que se encontram atualmente.
Conforme Alcione, a história dos Opalas sempre esteve presente em sua família, pois seu pai teve vários, e o colecionador aprendeu a dirigir em um Opala. Em sua garagem, Alcione guarda ainda carros como um Mustang Fastback 1968, Dodge Charger R/T 1975 e um Dodge Challenger R/T 1971. Seu desejo é ainda completar a coleção com um Opala da segunda fase, um Comodoro cupê 1979 6 cilindros.
Sérgio Corradi lembra que seu pai e seu irmão sempre tiveram Opalas, viagens de família e praia sempre foram a bordo de Opalas, e isso o levou a buscar o modelo 1974 que hoje é um de seus preferidos, principalmente para os passeios aos finais de semana com a família. Mas o colecionador ainda espera ter em seu acervo um Cadillac conversível Biarritz 1959 para fazer companhia ao Cadillac 1960 e ao Mustang conversível 1964 ½, dos quais já é proprietário. Pablo Soldatelli, de São Marcos/RS, é o proprietário do Gran Luxo 1974 cor vermelho vinho, com teto de vinil rosa. Pablo nos contou o porquê esse GL era para ser seu… “Bom, eu sempre digo que se um dia eu precisasse vender os meus carros, este seria o último que eu venderia. Já vou explicar por que… Porque ele era para ser meu, simplesmente isso! A história do meu Gran Luxo começa em 1997, quando um grande amigo, Rodrigo Pasin, começou a estudar na Unisinos, em Novo Hamburgo/RS.
Esse carro era de uma professora da Unisinos que o comprou novo e sempre foi dela. Pasin me dizia: ‘Pablo, você que gosta de Opalas, se ver o Opala da professora, você chora’. O carro é simplesmente novo, tem até os apara-barros escrito ‘Opala’, e a combinação de cores eu nunca vi igual, vermelho vinho com o teto rosa. Eu disse para ele pedir se ela venderia o carro, ele disse que já tinha pedido, e ela disse que não venderia, e o marido dela tinha mais dois. Eu disse, então, ‘pega a placa do carro’.
Pegamos o nome do marido dela no Detran e ligamos para ele. Lembro da placa até hoje, na época amarela, com duas letras e quatro números: BA8913. Liguei várias vezes, um senhor com sotaque alemão atendia o telefone e não dava saída, só dizia: ‘Não tenho interesse em vender nenhum dos carros’. “Acabei desistindo de ligar, mas nunca esqueci do carro da professora. Eis que em fevereiro de 1999, em uma terça de manhã, fui tomar um café na lancheria do lado da minha loja e vi um jornal Zero Hora dominical, que na época mais parecia um bíblia de tão grosso, dando sopa no balcão do lado, pronto para ir para lixeira. Pensei comigo: ‘Vou dar uma olhada nos classificados’. Fui direto nos antigos; quando comecei a ler, me chamou a atenção de cara o anúncio de um Opala que dizia o seguinte: ‘Vendo Opala 4100 74 vinho com vinil, única dona, com 46.000 km, todo original’. Não perdi tempo e na mesma hora pedi um papel e uma caneta e anotei o número. Quando cheguei na loja, liguei na hora; eis a surpresa, me atendeu um cigano, muito bom de papo. Disse que o carro era novo, era de uma professora e coisa e tal. Não levei muita fé, mas resolvi pedir de onde ele era, e ele respondeu: ‘De Novo Hamburgo’. Me caiu a ficha na hora: o carro da professora da Unisinos.
“Pedi se fazia tempo que ele tinha comprado, ele disse: ‘Acho que não faz um mês’. Pedi a placa do carro, ele passou a placa, mas nessa altura do campeonato já eram as placas cinzas de 3 letras e 4 números. Mas eu pensei: ‘Não pode ter outro’. Daí lembrei dos apara-barros, pedi se tinha, ele respondeu que sim, mas já tinha arrancado fora. Daí não tive dúvidas, era o carro da professora da Unisinos. Combinei para ir olhar o carro à tarde, liguei para o Rodrigo e disse: ‘Tu não vais acreditar no que eu achei anunciado nos classificados do ZH! O Opala da professora, só pode ser ele’.
“À tarde eu e o Rodrigo descemos a serra rumo a Novo Hamburgo. Chegando lá, quando o cigano abriu a porta da garagem para mostrar o carro, o Rodrigo disse na hora: ‘É o carro!’. Quando pedimos os documentos para olhar, não tivemos mais dúvidas, estava lá, placa anterior BA8913, daí tivemos certeza. Dei uma olhada no carro, uma volta na quadra e fechei o negócio. Subi a serra rumo a São Marcos mais faceiro que criança quando ganha brinquedo no Natal. O carro é simplesmente novo e está comigo há 15 anos, nunca foi restaurado ou repintado, não foi mexido em um parafuso sequer, é todo original mesmo. Atualmente está com 51.000 km, por isso não vendo. Eu sempre digo que o destino quis que este carro fosse meu!” Corra até a banca mais próxima ou contate com a gente através de nosso site: www.classicshow.com.br ou pelo fone: (55) 3332-2900, e peça já a sua Classic Show.