O sonho de quase todo antigomobilista no Brasil é fazer um “achado em celeiro”. Com a valorização dos carros antigos (veículos com mais de 30 anos), isso ficou cada vez mais difícil, pois muitos colecionadores e entusiastas já viraram o País de cima abaixo, vasculhando cada canto em busca de raridades abandonadas ou esquecidas.
Jason Vogel, jornalista especializado e um grande entusiasta de carros antigos, ouviu falar de um “mar” de Chevettes abandonados e foi conferir. Em um sítio, situado em Xerém, o 4º distrito do município de Duque de Caxias/RJ, localizado ao pé da Serra de Petrópolis, abrigava cerca de 60 automóveis, lado a lado, em sua maioria Chevette L 1.6/S e Junior 1.0, dos anos 1992 e 1993.
Mesmo empoeirados, é possível perceber sua cor: amarelo Java, lançada pela linha VW em 1977 e adotada como padrão dos táxis na cidade do Rio de Janeiro, dois anos depois. Sem os taxímetros e placas vermelhas, os veículos fizeram parte da frota de Pascoal da Ressurreição Afonso Rego, conhecido como o “Rei do Táxi”.
Ao serem aposentados, os carros foram levados a um galpão no bairro Rocha. Por conta de um imbróglio Jurídico, não foi possível realizar a venda dos mesmos, e lá ficaram eles por mais de duas décadas. Com a parte de Paschoal, a empresa passou aos herdeiros. Porém, os velhos táxis continuaram esquecidos, até que o espaço fora alugado e a história difundida.
Estima-se que em poucos dias o galpão seja esvaziado com a venda dos Chevettes.
Fotos e informações: Jason Vogel